segunda-feira, 19 de setembro de 2011


Convocatória

A todos que sejam "#pelocinePB".
Para estar hoje(19-09-2011) no CinePort, concentração a partir das 19h, vamos
ter adesivos e panfletos para quem tiver interesse de participar da
manifestação anárquica/ordeira

#pelocinePB

Existe uma intenção de usar a combinação preto+vermelho, na nossa
opinião essas duas cores não combinam com cinema paraibano:

Primeiro porque essas cores são as mesma da atual bandeira paraibana
que não representa a verdadeira paraibanidade, na verdade representa
apenas o nome de uma única pessoa e com o passado bastante
questionável. Além do fato que podem confundir essa combinação como
algum tipo de resposta ao movimento "Parahyba",  que na verdade acho
que devemos sim é apoiar;


"Segundamente" porque não acredito que seja momento de luto, nunca se
fez tanto filme na Paraíba como é feito hoje, graças aos esforços dos
grupos, coletivos e claro a uma pequeníssima contribuição financeira
do governo para em alguns poucos filmes. Então, estamos vivendo mais
um momento de brilho e de orgulho do que de luto;


Sendo assim, vamos todos de branco representando a luz que é a nossa matéria prima.

Também que todos levem suas câmeras(qualquer formato), para coletar
imagens e depoimentos durante a manifestação, para que possamos usar
no documentário que está sendo montado com vários materiais.

Todos também estão convidados a postar nas redes e convocar seus
amigos para participar dessa manifestação e deixando claro esses
parâmetros definidos aqui.

- por editais regulares
- por verbas substanciais
- por espaços de exibição alternativos

comissão pro tempore, auto conclamada e anônima
Movimento pelo Cinema Paraibano
#PeloCinePB

“Porque a Paraíba precisa ser assistida”


“Porque a Paraíba precisa ser assistida”


Ao Sr. Secretário de Estado da Cultura Chico Cesar
A Paraíba disputa hoje o terceiro lugar do Nordeste em produção audiovisual, sendo que boa parte desta produção acontece não apenas em João Pessoa, mas em todo o território do nosso estado. Na cidade de Campina Grande, para o VI Festival Comunicurtas de Audiovisual, mais de cento e dez filmes feitos na Paraíba foram inscritos e esse número só cresce a cada ano, mostrando que aqui se produz cada vez mais e melhor, embora não haja espaço para exibição de tantas obras cinematográficas. Desta forma, a proliferação desesperada de Festivais que agonizam o espaço do cinema paraibano para os paraibanos é cada vez mais evidente. Diversas cidades do interior buscam a valorização do audiovisual enquanto manifestação cultural e artística, enquanto reflexo de uma sociedade que pede para se ver na tela. É imperativo que o poder publico fomente o audiovisual com editais regulares e verbas à altura do expressivo movimento de produção e exibição de audiovisual que grassa por todo o Estado!
Atualmente estamos diante de um impasse cujo cerne é um monumento histórico de Campina Grande: o Cine São José. Construído na década de quarenta e sucateado até o presente momento, este gigante da história cinematográfica clama por ação de seus amantes, requerendo seu espaço no meio do atual levante do audiovisual paraibano. “Reforma” é a palavra central neste movimento. Não apenas uma reforma que devolva ao Cine São José a beleza e atividade de outrora, mas principalmente a reforma da maneira de pensar cinema neste estado. Cinema, assim como qualquer outra arte, necessita de público, o qual por sua vez também é ávido por consumi-la. Precisa-se, neste momento, transformar em grito os sussurros de uma cultura da miséria evidenciada por parte das autoridades responsáveis. Reforma conforme levantada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba em seu projeto inicial, que ao analisar a área do Cine São José construiu toda uma perspectiva de exibição do audiovisual, contemplando ainda a construção de um anfiteatro, café, áreas de música, dentre outros aspectos que contemplam sim a cultura como um todo, mas deixando ainda intacto o patrimônio do Cinema Paraibano. O projeto do IPHAEP aqui defendido não exclui nenhuma arte, como fruto inconseqüente de um separatismo artístico onde Cinema intriga-se de teatro, música e outros, mas em verdade ressalta o cinema enquanto arte de síntese, agrupando ali, sob sua batuta, outras formas de se ver a arte. Cinema precisa ser exibido. Nosso cinema precisa ser exibido. E o Cine São José clama sua chance de voltar a ser algo mais que entulhos. A Paraíba precisa ser assistida hoje.
É o cinema quem nos permitirá não apenas conhecer nosso contexto sócio-cultural, mas também mostrá-lo ao mundo. Chegou a hora de levantar a máscara de pobres coitados e deixar transparecer o rosto de um povo que precisa mostrar sua essência, de produtores e consumidores de uma arte que não deveria ser associada exclusivamente a grandes centros onde a indústria do entretenimento tantas vezes faz calar a arte em prol da bilheteria. Somos todos paraibanos, somos todos capazes, somos todos CINEMA.

Sendo assim, os motivos mais urgentes desse abaixo-assinado são:

-A divulgação da pauta com o plano de ações, atividades e investimentos voltados ao fomento, difusão e preservação do cinema paraibano;

-Resposta à "Carta de Coremas" entregue durante reunião com representantes e ABD-PB à SECULT. Carta escrita e assinada por cineastas paraibanos durante primeiro festival de cinema em Coremas;

-Tornar público, previamente à sua execução, o projeto do Cine São José assim como os laudos técnicos que os certificam.

Campina Grande, Paraíba, 03 de Setembro de 2011
Movimento pelo Cinema paraibano.

Assine!

Carta de Coremas (sem resposta da SECULT-PB)


I JABRE - LABORATÓRIO DE ROTEIRO
Congo, 14 a 18 de julho de 2011.

                Nós, produtores de audiovisual oriundos das cidades de Alagoa Grande, Carrapateira, Catolé do Rocha, Congo, Coremas, Cuité, João Pessoa, Teixeira, Nazarezinho, Picuí, Serra Branca, do estado da Paraíba, reunidos à margem do Açude Cordeiro do município do Congo, Paraíba, referendamos totalmente o conteúdo da Carta de Coremas, que segue abaixo, escrita em 09 de abril de 2011, na cidade de Coremas, Paraíba, uma vez que reconhecemos a importância de suas apreciações e sugestões para a descentralização e para o pleno desenvolvimento do setor do audiovisual paraibano,  na expectativa de que elas venham a ser atendidas o mais urgentemente possível pelos nossos governantes.
Assinam este referendo:
1.      Allan Marcus Gomes Cavalcante – Alagoa Grande - PB
2.      Edmilson Gomes da Silva Júnior – Catolé do Rocha - PB
3.      Francisco José Rodrigues
4.      Gustavo Alexandre Ferreira da Silva – Alagoa Grande - PB
5.      Ighor Rafael Lins do Egito – Serra Branca - PB
6.      Igor da Nóbrega Gomes – Teixeira - PB
7.      Ismael de Azevedo Moura – Cuité - PB
8.      Ismael Moisés da Silva Santos Moura – Picuí - PB
9.      José Diones Nunes dos Santos – Congo - PB
10.   Kennel Rógis Paulino – Coremas - PB
11.   Lucas Alves Pereira – Carrapateira - PB
12.   Paulo Roberto de Souza Júnior – Nazarezinho - PB
13.   Ramon Batista Neves - Nazarezinho - PB
14.   Torquato Joel – João Pessoa - PB
15.   Virgínia de Oliveira Silva – João Pessoa - PB

FÓRUM DO AUDIOVISUAL PARAIBANO
Coremas, 09 de abril de 2011.

CARTA DE COREMAS

Segundo recentes dados da ANCINE (órgão estatal que acompanha e administra a aplicação prática das políticas criadas para o desenvolvimento do audiovisual no Brasil), em relação à questão estatística da produção cinematográfica na Região Nordeste, o Estado da Paraíba, atrás da Bahia e de Pernambuco, disputa o terceiro lugar com o Estado do Ceará. Uma particularidade desse fato se faz notória no processo de interiorização da produção audiovisual na Paraíba que vem se realizando de maneira intensa[1], ao lado da consolidada produção do eixo João Pessoa-Campina Grande.
Esse crescimento não se revela somente em termos da quantidade da penetração geográfica, mas também nos resultados do aumento da qualidade de nossa produção que, a despeito de toda série de dificuldades e obstáculos que habitam e traduzem o cotidiano do setor audiovisual paraibano, vem rompendo fronteiras, sendo selecionada para inúmeros festivais, conquistando um impressionante índice de premiações, tanto no cenário nacional quanto no internacional, o que nos projeta para além de nossos limites, enquanto, ao mesmo tempo, nos promove o reconhecimento de nosso imenso potencial criativo e realizador e oferece elementos para o aquecimento de nossas divisas artístico-econômicas, gerando arte, cultura, sonhos, esperança, possibilidades, emprego, prestação de serviços e renda.
Mas na Paraíba necessitamos, urgentemente, da criação de políticas públicas estaduais e municipais para o fomento real dessa nossa capacidade artístico-econômica em torno do audiovisual. Em nosso estado vizinho, Pernambuco, por exemplo, há, como aqui na Paraíba, expressiva vocação para o segmento de curtas-metragens, mas diferentemente daqui, tal produção é reconhecida tanto pelo governo que, atualmente, designa, através do 4º Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco, R$ 8 milhões somente para o setor do audiovisual; quanto pela academia que, em 2007, lançou o Núcleo de Audiovisual na Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, para a formação, produção, difusão e preservação da memória do audiovisual, consolidando o estado como pólo de audiovisual; enquanto, incrédulos, assistimos na Paraíba à anunciação do insólito “Prêmio” Linduarte Noronha (manchando inclusive o nome de um dos nossos maiores expoentes históricos da produção do audiovisual da Paraíba) na ordem de R$ 200 mil[2] voltados para a produção de 9 (nove) projetos de curtas-metragens oriundos, teoricamente, de todo o estado, para o qual testemunhamos concorrer até mesmo docentes da Universidade Federal da Paraíba - UFPB.
Assim, reunidos à beira das águas doces do Açude Estevão Marinho, no município de Coremas, no Sertão Paraibano, no dia 09 de abril de 2011, nós, coordenadores de festivais, artistas, realizadores e produtores de audiovisuais de todos os recantos do Estado da Paraíba, abaixo-assinados, confraternizamos com alegria a percepção do crescimento da interiorização do potencial produtivo deste setor extrapolando o eixo João Pessoa–Campina Grande e redigimos esta Carta de Coremas destinada aos gestores públicos para sugerir os seguintes pontos a serem considerados na elaboração das políticas públicas para potencializar com profissionalismo e dignidade a área da cultura, em geral, e, mais especificamente, o setor do audiovisual paraibano:
1. Pensar políticas públicas que visem realmente fomentar, defender e difundir a produção do cinema paraibano;
2. Prestigiar o cinema de autor, considerando que o “cinema de mercado” tem mecanismos de auto-sustentação e que já existem leis que beneficiam este tipo de produção. Desta forma, as políticas culturais devem atender a produtos diferenciados no que diz respeito à qualidade e ao conteúdo;
3. Garantir urgentemente a dotação permanente de verba satisfatória para o desenvolvimento e consolidação do audiovisual paraibano como Política de Estado e não como política de governo (como ainda é o Fundo de Incentivo à Cultura – Augusto dos Anjos – FIC, que além de forçar os diversos setores artísticos a disputar uma fatia do orçamento com todas as áreas da Cultura, fica ao sabor da decisão pessoal e política de cada governante) ou como prêmio sazonal, (seguindo o exemplo já citado de nosso estado vizinho, Pernambuco, bem como o do Ceará que investe mais de R$ 6 milhões neste setor!) e distribuí-la de modo descentralizado por cotas proporcionais de acordo com a densidade demográfica entre as 4 (quatro) mesorregiões paraibanas[3] (Sertão, Borborema, Agreste e Mata Paraibana), garantindo-se a possibilidade de nova redistribuição, no todo ou em parte, da cota da(s) mesorregião(ões) que, por ventura, não venha(m) a apresentar qualquer proposta ou que não as apresente(m) em número suficiente para a distribuição de todo o percentual orçamentário a ela(s) destinado, entre as outras mesorregiões que apresentaram projetos. A nova divisão também deverá ser de modo proporcional, de acordo com o número de projetos apresentados em cada mesorregião, de forma a atender o maior número possível de proponentes, sem a possibilidade de devolução da(s) cota(s) para os cofres públicos (Fundo de Incentivo à Cultura do Estado, Fundo Municipal de Cultura...) ou de seu remanejamento para quaisquer outras áreas;
4. Prever na política de dotação orçamentária voltada para o incentivo e a consolidação do audiovisual paraibano tanto a existência de cotas específicas para iniciantes quanto para profissionais;
5. As comissões que selecionam os projetos de produtos audiovisuais que receberão verba de entidades públicas têm que ser compostas, essencialmente, por profissionais reconhecidamente pertencentes à categoria cinematográfica e externos à Paraíba;
6. Garantir a plena liberdade de expressão cultural e o acesso imediato, amplo e irrestrito às obras financiadas pelo poder publico, conforme destacam a Carta de Tabor, o artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 que afirma "Todo homem tem o direito de participar livremente da vida cultural da comunidade, de fruir as artes e de participar do progresso científico e de fruir de seus benefícios", e a Constituição da República Federativa do Brasil, de 1988, ao ressaltar em seu artigo 215 que "O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais";
7. Inserir o cinema brasileiro, em particular o paraibano, nas escolas, bem como proporcionar, pelo menos uma vez por mês, a ida de estudantes ao cinema para exibições de produções cinematográficas paraibanas ou nacionais, a exemplo do programa “Vá ao Cinema”, da Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo que vem multiplicando o acesso da população aos filmes brasileiros, estimulando os distribuidores e exibidores a colocá-los na programação, remunerando produtores e diretores com a renda líquida resultante das exibições;
8. Apoiar concretamente os pontos de cultura e os cineclubes de todo o Estado, reconhecendo o seu importante papel, sobretudo, no que tange à divulgação e ao debate do produto audiovisual nacional, de um modo geral, e, mais especificamente, da produção paraibana;
9. Fomentar com recursos materiais e orçamentários projetos de:
a) formação de recursos humanos para a área do audiovisual paraibano, a exemplo dos já comprovadamente exitosos: “Viação Paraíba”, “Cinema Adentro”, “Projeto Cinestésico – Cinema e Educação”, “Paraíba Cine Senhor”, dentre outros;
b) produção de Festivais de Audiovisuais no Estado da Paraíba, a exemplo, dos: “FestAruanda” em João Pessoa; “ComuniCurtas” em Campina Grande; “CineCongo” no Congo, “CurtaCoremas” em Coremas; “CurtaCuité” em Cuité;  “Cinema com Farinha” em Patos; “Festival do Minuto do Cariri Paraibano” em Monteiro; “FestCine do SemiÁrido Paraibano” em Cabaceiras; “Festival de Cinema da Estação Ciência” em João Pessoa;
c) produção de Mostras, tais como: “Mostra Interestadual do Cinema Paraibano”, promovida pelo Projeto Cinestésico em diferentes cidades paraibanas e em três cidades do Estado do Rio de Janeiro; “Mostra de Cinema Acauã”, promovida pelo Ponto Audiovisual de Cultural Acauã em Aparecida;
d) pesquisas acadêmicas sobre a produção cinematográfica paraibana, realizadas por instituições tais como a UFPB, a UFCG, a UEPB, o IFPB e a Academia Paraibana de Cinema;
e) publicação bibliográfica (livros, revistas, jornais) e on line (sites, blogs) dos resultados das pesquisas acadêmicas.
 10. Assinar convênios com TVs públicas (federal e municipal) para veicular os audiovisuais produzidos a partir dos editais públicos (federal, estadual e municipal), proporcionando maior penetração desses produtos junto ao seu público em potencial, e oferecendo, em contrapartida, conteúdo de boa qualidade, tornando-as o escoadouro da exibição e divulgação da produção audiovisual paraibana e, sobretudo, ampliando sua possibilidade de atuação como produtoras.
Assinam esta carta:
 Alan Gomes - Alagoa Grande - RG
Alexandre Soares - Taquaritinga do Norte - PE – RG
Bertrand Lira - João Pessoa - RG
Dávila Maria da Cruz Andrade - Coremas - RG
Débora Regina Opolski - João Pessoa - RG
Deleon Souto - Patos - RG
Diassis Pires - Coremas - RG
Diego Vinícius Benevides Ramos - João Pessoa - RG
Ely Marques - João Pessoa - RG
Francisco José Rodrigues (Dudé) - João Pessoa - RG
Gian Filipe Rodrigues Orsini - João Pessoa - RG
Helena Pereira - Nazarezinho - RG
Heleno Bernardo Campelo Neto - João Pessoa - RG
Igor da Nóbrega - Teixeira - RG
Iris Mendes - Nazarezinho - RG
João Carlos Beltrão - João Pessoa - RG
José Dhiones - Congo - RG
José Gregório - João Pessoa - RG
Kennel Rógis - Coremas - RG
Laércio Ferreira - Aparecida - RG
Marcélia Cartaxo - João Pessoa - RG
Marcelo Quixaba - João Pessoa - RG
Pablo Maia - João Pessoa - RG
Torquato Joel - João Pessoa - RG
Virgínia de Oliveira Silva - João Pessoa - RG 05677176-9 – DETRAN RJ
Yaroslavia Paiva - Aparecida - RG



[1] O primeiro edital “Revelando os Brasis”, lançado em 2004, destinado ao fomento de produção audiovisual em cidades com até 20 mil habitantes, contemplou a seguinte quantidade de histórias por Estado da Região Nordeste: Paraíba (5: Jacaraú, São Sebastião do Umbuzeiro, Pitimbu, Gurinhém e Aparecida), Bahia (4), Alagoas (3), Ceará (2), Rio Grande do Norte (2), Pernambuco (1), Piauí (1) e Sergipe (1); no segundo edital, a seleção ficou assim distribuída: Bahia (4), Paraíba (3: Barra de São Miguel, Cuité e São José de Piranhas), Pernambuco (3), Alagoas (1), Ceará (1), Maranhão (1), Piauí (1), Rio Grande do Norte (1), Sergipe (1); no terceiro edital, premiou Bahia (4), Rio Grande do Norte (3), Paraíba (2: Santa Luzia e Sumé), Pernambuco (2), Ceará (2); e no quarto e último edital até o momento, Bahia (5), Paraíba (4: Conde, Vieirópolis, Nazarezinho e Aroeiras), Pernambuco (2), Piauí (2), Ceará (2), Maranhão (1) e Alagoas (1). Tais edições possibilitaram a realização de 160 vídeos digitais em todo o Brasil, 14 só na Paraíba. Somente o  edital “Microprojetos Mais Cultura” proposto pelo Ministério da Cultura, através da Secretaria de Articulação Institucional (SAI) e da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Banco do Nordeste do Brasil S/A (BNB), Instituto Nordeste Cidadania (INEC) e órgãos estaduais de cultura de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe, contemplou, direta e indiretamente, projetos de produção e exibição audiovisuais do Semiárido da Paraíba com mais de R$ 200 mil.
[2] Que levou mais de um ano para ser entregue e, mesmo assim, após intensa mobilização da categoria!
[3] A distribuição da dotação orçamentária de modo proporcional consideraria a densidade demográfica das mesorregiões, de acordo com os dados do Censo de 2006 do IBGE, valendo-se inicialmente da seguinte proposta de divisão percentual do montante total: 2 Mesorregiões paraibanas possuem mais de 1 milhão de habitantes (Agreste e Mata Paraibana), o percentual seria de 35% para cada uma delas; uma Mesorregião tem mais de  500 mil e menos de 1 milhão de habitantes (Sertão), seu percentual seria de 20%; e uma Mesorregião tem menos de 500 mil habitantes (Borborema), seu percentual corresponderia a 10%.

Carta ao Cineport (sem resposta desde 2009)

João Pessoa, 13 de maio de 2009

À sra. Mônica Botelho
Diretora Geral do Festival Cineport

Em reunião acontecida no dia 13 de maio no Casarão 34, onde se encontraram realizadores que atuam na Paraíba, em sua maioria com filmes exibidos no IV CINEPORT, além de representantes de entidades de classe voltadas para o audiovisual, foram discutidas questões relativas à realização da quarta edição do festival CINEPORT em João Pessoa. Tendo sido avaliado de forma positiva por todos os realizadores, que apóiam o caráter festivo e crítico do evento e a enorme exposição que ele possibilita ao cinema paraibano, algumas sugestões foram feitas no sentido de contribuir na construção de um festival cada vez mais comprometido com a reflexão e a prática audiovisual. Seguem os pontos:

1) Sobre o Prêmio Energisa Estímulo ao Audiovisual Paraibano, os realizadores sugerem que o prêmio seja fracionado em três posições de destaque, sem necessariamente dividi-lo entre gêneros ou bitolas, premiando apenas o primeiro, segundo e terceiro melhor filme da mostra, com valores equivalentes para cada posição. Dessa forma, amplia-se o número de realizadores contemplados e facilita o trabalho do júri, que pode exercer melhor o seu papel de indicar os filmes que merecem destaque na mostra.
2) Além do prêmio Energisa os realizadores julgam fundamental instituir o prêmio CABEÇOTE, promovido pela ABD-PB, e pleitear o prêmio Assembléia Legislativa (comum em outros festivais), diversificando os júris e possibilitando o aumento do número de filmes contemplados.
3) Como ocorreu em outras categorias (ANDORINHA), a mostra paraibana também poderia ter um prêmio do Júri Popular, aumentando a participação do público local e dando voz aos anseios da população paraibana em relação ao cinema que está sendo realizado aqui.
4) Ainda sobre o júri, os realizadores acreditam que por se tratar de um prêmio ESTÍMULO, o comitê julgador poderia dar um parecer sobre cada obra exibida, apontando os critérios levados em consideração para a escolha dos melhores, e especificando em cada curta as suas fragilidades estéticas.
5) Todos os realizadores que tiverem filmes selecionados deveriam ter direito a CREDENCIAL e ao CONVITE DA CERIMÔNIA DE PREMIACÃO. Poderia haver um mecanismo mais funcional para que as credenciais estejam de posse dos realizadores já no primeiro dia do festival (o que não aconteceu nesta edição), pois vários realizadores se queixam de não terem recebido sua credencial ou ter recebido apenas nos últimos dias.
6) Ainda sobre a relação entre os realizadores e a organização do Festival, houve várias queixas de mau atendimento da parte da organização, que teria tratado os realizadores paraibanos com certo descaso. Para evitar mal entendidos entre realizadores e organização, sugerimos a contratação de um ombudsman para as próximas edições.
7) Os realizadores paraibanos também sugerem à organização que convidem para as próximas edições os realizadores de curtas selecionados nas categorias ANDORINHA e ANDORINHA DIGITAL. A falta destes realizadores impossibilita um intercâmbio maior entre os realizadores locais e os realizadores atuantes no Brasil e nos outros países da Língua Portuguesa. Acreditamos que para o fortalecimento do festival entre os realizadores de curta-metragem é imprescindível manter este contato, não apenas convidando os premiados no dia da entrega do troféu.
8) Para melhorar o caráter da discussão estética sobre os filmes exibidos, os realizadores sugerem que se façam mesas de debates com os realizadores presentes na mostra no dia seguinte da exibição de seus filmes. Além de possibilitar que o realizador explane sobre o seu trabalho, essas mesas são fundamentais para estreitar o espaço entre os realizadores, críticos/jornalistas e público. Essas mesas poderiam ocorrer com todas as mostras, inclusive a paraibana, sendo realizadas no dia posterior a cada sessão.
9) Os realizadores sugerem que o debate sobre o DOCTV-CPLP ocorra novamente nas próximas edições, pois o CINEPORT é um momento único para discutir questões relativas ao programa, sendo de grande interesse para os realizadores dos países de língua portuguesa.
10) Pode ser estimulada a participação das principais empresas representantes e fabricantes de produtos audiovisuais do Brasil, momento em que os realizadores paraibanos poderiam se atualizar e conhecer as novidades e os produtos fornecidos pelo mercado.
11) Pode ser promovido um encontro de negócios durante a programação do festival, estimulando a participação de compradores de conteúdos para TVs, programas de exibição pública (Programadora Brasil, por exemplo) e distribuidores de forma geral, além de promover um Film Comission na Paraíba.
12) Após o término do Festival, os curtas premiados poderiam integrar uma mostra e fazer uma itinerância CINEPORT, sendo exibidos nos cineclubes paraibanos no mês seguinte ao festival.
13) Após o término do Festival uma cópia em DVD de cada uma das obras exibidas poderia permanecer na Usina Cultural, montando assim uma VIDEOTECA CINEPORT, sendo esse material importante para a formação estética de jovens realizadores locais. As obras dessa VIDEOTECA seriam de acesso público, podendo ser exibidas nos cineclubes paraibanos.
14) No intuito de fortalecer as ações de difusão e formação promovidas pelo CINEPORT, os realizadores ressaltam enfaticamente a importância de que a SALA DIGITAL ENERGISA funcione de forma contínua e comprometida com o cinema nacional e independente.
Estes foram os pontos tratados e sugeridos à organização do Festival Cineport. As resoluções foram tomadas de forma democrática e levando em consideração todos os comentários e impressões dos realizadores presentes na reunião. Acreditamos que estas considerações não estão restritas aos que assinam este documento, mas sim, representam alguns dos anseios da classe audiovisual da Paraíba. Ficamos disponíveis para qualquer proposta que estreite as relações entre os realizadores do Estado e a organização do Festival Cineport. Ressaltamos a importância do festival no que diz respeito ao avanço e estímulo à produção audiovisual paraibana.
Atenciosamente,

Liuba de Medeiros
(Produtora / Diretora da ABD-PB / Diretora Regional do CNC)

Ana Bárbara Ramos
(Realizadora e produtora / Coordenadora da Divisão de Audiovisual da Funjope)

Marcus Vilar
(Realizador)

Carlos Dowling
(Realizador / Presidente da ABD-PB)

Renata Escarião
(Realizadora, jornalista)

Bertrand Lira
(Realizador)

Rodrigo Quirino
(Realizador)

Renato Gallotti
(Realizador, jornalista)

João de Lima Gomes
(Realizador)

Omar Brito
(Realizador)

Arthur Lins
(Realizador, Jornalista)

Leandro Cunha
(realizador)

Ely Marques
(Realizador)

Bruno de Sales Wanderley
(Realizador / diretor da ABD-PB)

Abraão Matheus
(realizador)

Lilia Tandaya
(Realizadora)

Torquato Joel
(Realizador)

Elinaldo Rodrigues
(Realizador)

Rizemberg Felipe
(Realizador)

Torquato Joel
(Realizador)

Francisco Sales L. Segundo
(Realizador)

Adjailson Antonio Cantalice dos Santos
(Realizador)

Emerson da C. Sousa

Abraão Matheus S. de Lima
(Realizador)

Frederico de Carvalho Carneiro

Ivanildo Gomes de Lima
(Realizador)

Rafael de Carvalho Carneiro

George Martins

Marcilio dos Santos
(Realizador)

Rafael de Souza Monguilhott
(Editor)

Ely Marques
(Realizador)

Gian Filipe Rodrigues Orsini
(Realizador)

Riana Lara Pereira Ugulino


Enviando sugestões via e-mail:

Durval Leal Filho
(Realizador e diretor da PARAI’WA)

Vania Perazzo
(Realizadora)

Ismael Monteiro
(Realizador)